quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Too much of anything is too much...


Se você tem uma música que é trilha sonora de algum momento da sua vida, ou do seu relacionamento com alguém, ela não se torna tão especial porque você simplesmente resolve dizer "ótimo, essa música combina" ou então, "eu gosto dessa, vai ser ela". Apesar de eu mesma já ter feito isso algumas vezes, admito que dessa forma não existe magia. O encanto só acontece quando uma canção se torna hino, assim do nada. Sem aviso prévio, sem escolhas, sem querer-querendo. Ela se torna especial quando você pode senti-la através da sua pele, através de tudo que é concreto, transformado-a em parte de ti. A respiração chega a falhar, e você sente a necessidade de fechar seus olhos enquanto pensa "essa música é minha", e ainda que não tenha sido escrita por você ou pra você e que outras milhares de pessoas pensem a mesma coisa, não tem importância. Porque você tem a certeza de que, de fato, essas notas, essa melodia, essa voz está dentro de ti e faz parte do que você é.

Quando escutei too much pela primeira vez; eu gostei, apenas. Não senti como se ela fosse marcar nada do que eu estivesse vivendo, apesar de me deixar totalmente intrigada sua capacidade de ser melancólica e animada ao mesmo tempo. Canções assim, não é de hoje, me agradam completamente, e ganham lugar "vip" na minha lista de músicas. A segunda coisa que fiz após ouvir minha nova descoberta, foi o de sempre: mostra-la para minha melhor amiga. A composição não tinha muito a ver comigo, mas eu achei que se encaixaria bem em um dos relacionamentos dela. E como previsto, serviu como luva. Ela adorou, e dias depois, já tinha seu lugar no ipod que nós escutávamos juntas todos os dias. E dessa forma, sem que nos déssemos conta, aquela simples musiquinha estava se tornando o nosso hino. Como minha amiga estava de partida, nos perdíamos entre canções com mais frequência, sabendo que logo essa rotina teria um fim, então deveríamos aproveitar ao máximo. Too much esteve ali. Esteve conosco em dias de aula insuportáveis onde tudo que queríamos era sair correndo e nunca mais voltar. Também esteve em tardes gostosas onde passávamos horas rindo de coisas que não faziam o menor sentido. Nossa canção esteve presente no último fim de semana que dividimos juntas. Nós duas cantávamos-na inteira, olhando, por alguns segundos, uma nos olhos da outra, e tendo a certeza de que aquele momento e aquele som estavam marcados na nossa história. Na festa da sua despedida, como não poderia faltar, exigimos que tocasse. E enquanto alguns fingiam conhecer ou tentavam cantar, nós duas sabíamos tudo que se poderia saber sobre ela, sabíamos que ninguém ali se sentia tão comovido com uma simples canção.Tempo depois, nosso melhor amigo também começou a ouvi-lá, e me surpreendendo, ele também gostou. De repente, ela havia tornado-se o hino do grupo, dos momentos que ficaram perdidos no passado, a motivação de um futuro juntos, a espera, a saudades, a canção que marcou quem nós eramos e, desse modo, pertencendo à nós, ainda que fosse apenas em nossos corações.


Um comentário:

Anônimo disse...

Curtiii =D.
Vem genteee o blog ta babado