quarta-feira, 30 de junho de 2010

You know that you just don't know.

Quando ela era pequena, gostava de tentar adivinhar seu próprio futuro. Sonhava em se casar, ter filhos, construir uma família assim como aquela a qual pertencia. Ao imaginar seu grande e único amor, via um belo sorriso, vestido como um cavalheiro, trajado em coragem. Era ele. Tão lindo quanto os príncipes que via em seus filmes favoritos. Era ele, e nele ela confiava. Sabia que a salvaria de todos os males desse mundo, assim como nas histórias de finais felizes. Por isso, não se preocupava com o resto. Se teriam comida na mesa, ou roupa pra vestir. Isso parecia fácil, naquela época. Ela acreditava que disso, a vida por si própria cuidaria. Seu propósito seria apenas dar e receber amor. Se perderia em serviços domésticos, e ao fim do dia, passearia com toda a família em uma praça qualquer, aonde comprariam uma bola colorida para o filho mais novo. Ao chegar em casa, colocaria as crianças na cama, dando-lhes um beijo estalado na testa. Deitaria, mais tarde, ao lado do marido, esperando ter sonhos bonitos durante a noite, e se por acaso, tivesse um pesado, ela sabia que os braços de seu príncipe estariam próximos, prontos a ajuda-lá. Tudo, enfim, parecia certo. (...) Mas ela cresceu, e hoje, sabe que a vida não é como nos contos de fadas. É totalmente imprevissivel e está longe de se parecer como em seus sonhos.

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