Caminhei por um praça conhecida, parecida com alguma das que encontramos por aqui, mas não era essa cidade e disso eu tinha plena certeza. Não me lembro de ver ruas, só enxerguei uma longa calçada que envolvia a praça por completo. Também tinha neve, muita neve. O branco do gelo sólido cobria qualquer verde que existia ali anteriormente, e haviam crianças brincando ao redor, fazendo bonecos e sorrindo. Eu vi muitas pessoas e elas pareciam tão felizes, tão completas e transbordavam amor e compaixão, sentimentos típicos de final de ano. Eu sabia que se tratava dessa período pois além da neve, tudo estava repleto de enfeites natalinos, as árvores, os pinheiros, cada detalhe da praça tinha seu toque de verde e vermelho. Uma sensação maravilhosa tomou conta de mim e coloquei uma de minhas mãos na neve, sentindo-a; foi como pegar gelo, não tão diferente do que eu pensava ser, mas ainda assim, especial. Eu sorri, respirei fundo e senti que o meu mundo era maior, mais bonito. Não havia ninguém conhecido ao meu redor, entretanto, eu não me senti sozinha. As coisas que atormentavam minha cabeça, os problemas fúteis e indesejáveis haviam desaparecido. Era o meu momento de ser completamente plena, era o meu mês favorito, era o meu natal, o meu boneco de neve, o meu sorriso... Era o meu sonho.
L, 06|10.
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