sábado, 21 de maio de 2011

Mas os amantes que nos deixam... sempre ficarão nesse lugar.


Samanta segurava seus sapatos de salto agulha com uma das mãos, e a outra se mantinha ocupada com a bolsa que guardava todos os seus adereços para àquela noite. Foi assim, apressada e sorridente, que entrou na casa do maior, dando-lhe um beijo rápido antes de dirigir-se até seu quarto.

Jogou tudo em cima da cama, e virou seu rosto para encara-lo, dizendo:
 - Eu preciso me maquiar antes de irmos...
Ele olhou em volta, e perguntou se o espelho preso em sua parede era o suficiente para que ela fizesse isso. Então, ela fora testa-lo.

Colocou-se diante dele, e ao ver seu reflexo embaçado, disse ao maior que precisava de outro.

- Vem.. Vamos ver se o do banheiro serve - ele puxou, sem força, a mão de Sam, e os dois foram até a próxima opção.
De fato, era melhor que o primeiro, mas ainda assim, afastado demais, e a pequena garota esticou-se na pontinha dos pés para poder traçar os longos riscos acima dos olhos. Vendo a dificuldade da menor, o moreno, sentado logo atrás dela, sugeriu que fossem até o quarto de sua mãe.

Ela aceitou, rendendo-se a dificuldade que estava sendo pintar-se ali.
Por fim, o terceiro era ideal, e ela pode terminar seu trabalho. O maior ficara olhando-a o tempo todo, e ela se questionava sobre o que passaria em sua mente. Ele parecia gostar de tudo, da presença da menor, das músiquinhas que ela cantarolava, das risadas que ela dava e dos gritinhos histéricos quando borrava algo.

Ele não parecia se incomodar. Na verdade, parecia admirar cada particularidade que ela possuía. Ele sorria, passava seus braços em volta da cintura dela, e apertava com cuidado, encostando seu queixo no ombro da menor. Podia sentir carinho trasbordar por todo o comodo, e de fato, isso lhe agradava. Ainda que não fosse boa em demonstrações explicitas, esperava fielmente que o outro acreditasse em seus sentimentos, porque ela sabia o quão reais eram.

Por fim, conduziu-a até seu quarto novamente e lá, colocou músicas que a garota gostava, dizendo, como sempre, que ela era dramática e sempre preferia as mais tristes e depressivas. Ela ria e negava, fazendo seu drama tipico, mas sabia que era verdade.

Eles cantavam juntos algumas canções, sem deixar que as risadas viesse a tona em alguns momentos. Pareciam seguros... Estava tudo bem.


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