quarta-feira, 7 de março de 2012

Jogando os dados.


Eu e essa mania insana de inventar amores. Em qualquer corredor, nas noites de lua cheia, nas tardes nubladas, no centro da cidade, na escada do terceiro andar. Só por alguns segundos, minutos, que seja. Só por um tempinho! Só pra lembrar, de vez em quando, que tenho um coração, e que ele pode sim bater mais forte por alguém. Por um carinha qualquer, que eu desconheço nome, endereço, telefone, e que nunca olhou pra mim. Mas porque não? É divertido, ridículo, platônico. Chame do que quiser. De uma coisa eu sei, me faz um bem danado, mesmo que seja ilusório e forçado. É até melhor do que amar, porque amar, uma hora ou outra, machuca. Brincar de encontrar amores, não. Ele está lá, e eu aqui, observando. Ele nunca me fez chorar, mas só de vê-lo ganho motivos pra sorrir. Eu desconheço sobre sua vida, e se um dia, alguma garota já brincou com seus sentimentos. Ainda bem que eu não gosto de brincar assim. O meu jogo é outro, mais bonzinho. Só troca de olhares, e um sorriso tímido. Eu não vou machucá-lo, e nem tenho pressa pra ultrapassar a linha de chegada. Estou tão bem assim, perdida no meio do tabuleiro, a alguns passos dele, esperando a minha vez chegar.

2 comentários:

rohh disse...

Também faço dessas, o tempo todo. Faz bem para a saúde! :)

ricardo alves / são paulo,brasil disse...

lais não sei que idade vc tem mas eu já passei por isso inúmeras vez rs...e tenho 46!
grande bj...saudações e obrigado por estar no luznopapel...