quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Não vai muito além de um drama.


      Eu gostaria de estar escrevendo seu nome nas linhas do meu caderno, traçando corações como se eu tivesse quinze anos. Unir toda minha falta de amor próprio e talvez até te mandar uma mensagem dizendo que sinto saudades, sem saber exatamente do que.
      Tem tanta gente assim.
     Eu posso contar em todos os meus dedos, das mãos e dos pés... eu posso contar na infinitude das estrelas o tanto de gente que implora atenção, que pede misericórdia por meia dúzia de mentiras. Às vezes bate uma curiosidade pra entrar nessa estatística, mas aí eu começo a lembrar que é pedir demais. Mesmo que eu estivesse entrando em colapso, não conseguiria discar seu número depois de inventar uma história sem pé nem cabeça pra escutar sua voz. O meu cérebro é potente quando se trata de me fazer pensar duas vezes. Ele trabalha em tempo extra e rapidamente, na maioria das vezes, acaba me fazendo tomar as decisões que a maioria não toma. Porque a maioria sempre insiste demais, e mesmo que eu quisesse fazer igual, não dá. Simplesmente não posso fingir ser uma garotinha indefesa que não consegue dormir a noite pensando em você porque, na verdade, eu penso em você e depois durmo muito bem. Eu choro por dez minutos, seco as lágrimas, então procuro um filme pra assistir. Às vezes tem chocolate no fundo do armário, e adivinha? Eu como tudo! Ligo pra alguma amiga e uso vários tipos de palavrões pra me referir a você. Não vou beber e te ligar, aliás, não bebo. Não vou mandar uma mensagem de saudades, porque nem sei se sinto ou se é carência mesmo.
     A verdade é que não vou te importunar, e se eu fizer algo do tipo, provavelmente será o mais discreto possível. Eu não sou aquele tipo de garota que vai gritar ao mundo que precisa de você... Exatamente porque eu não preciso. Não a esse ponto.
     Talvez eu quisesse ser diferente, mas...
     Sei lá... só não vai rolar.



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