Eu gostaria de estar escrevendo seu nome nas linhas do meu caderno, traçando corações como se eu tivesse quinze anos. Unir toda minha falta de amor próprio e talvez até te mandar uma mensagem dizendo que sinto saudades, sem saber exatamente do que.
Tem tanta gente assim.
Eu posso contar em todos os meus dedos, das mãos e dos pés... eu posso contar na infinitude das estrelas o tanto de gente que implora atenção, que pede misericórdia por meia dúzia de mentiras. Às vezes bate uma curiosidade pra entrar nessa estatística, mas aí eu começo a lembrar que é pedir demais. Mesmo que eu estivesse entrando em colapso, não conseguiria discar seu número depois de inventar uma história sem pé nem cabeça pra escutar sua voz. O meu cérebro é potente quando se trata de me fazer pensar duas vezes. Ele trabalha em tempo extra e rapidamente, na maioria das vezes, acaba me fazendo tomar as decisões que a maioria não toma. Porque a maioria sempre insiste demais, e mesmo que eu quisesse fazer igual, não dá. Simplesmente não posso fingir ser uma garotinha indefesa que não consegue dormir a noite pensando em você porque, na verdade, eu penso em você e depois durmo muito bem. Eu choro por dez minutos, seco as lágrimas, então procuro um filme pra assistir. Às vezes tem chocolate no fundo do armário, e adivinha? Eu como tudo! Ligo pra alguma amiga e uso vários tipos de palavrões pra me referir a você. Não vou beber e te ligar, aliás, não bebo. Não vou mandar uma mensagem de saudades, porque nem sei se sinto ou se é carência mesmo.
A verdade é que não vou te importunar, e se eu fizer algo do tipo, provavelmente será o mais discreto possível. Eu não sou aquele tipo de garota que vai gritar ao mundo que precisa de você... Exatamente porque eu não preciso. Não a esse ponto.
Talvez eu quisesse ser diferente, mas...
Sei lá... só não vai rolar.
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