terça-feira, 21 de junho de 2011

"Deixar brotar, deixar crescer, pois essa força vai nos proteger."

Estou aqui sentada faz alguns minutos, escutando várias músiquinhas que tocavam em meus filmes favoritos da Disney. E, sinceramente, nasci na década perfeita, com a geração ideal, ao menos pra mim. Não sou do tipo "louca pelos anos 60, 70, 80" e nem do tipo "super tecnológica" . Aprecio a modernidade, e respeito o que existiu antes da minha presença nesse mundo, mas o que me interessa mesmo é o meio termo.

Adoro 'meio termos'. Eu sou um puro 'meio termo', um pouco disso e daquilo, sempre.

Vim ao mundo em uma época onde a tecnologia dava seus passos para evolução, mas as pessoas não eram dependentes ou tão viciadas nela. Alguns tinham, outros não. Na verdade, poucos se importavam. As coisas eram simples, mas não tão difíceis como na época dos meus pais e avós. Eu posso dizer que tive uma infância perfeita, e sou feliz por isso. Tive brinquedos e televisão, livros e música, e o computador... Bem, esse veio depois, com meus nove ou dez anos. A minha fase mais inocente e linda eu passei sentada no chão, rodeada por bonecas, criando histórias, descobrindo, aprendendo. Sem contar os filmes. Voltemos a falar deles... Eram os melhores, com certeza. Ensinavam sobre o certo e o errado, falavam sobre coragem, sobre felicidade, nos impulsionavam a acreditar nos sonhos e, principalmente, afirmavam que o bem sempre vence o mal. Então, o mundo parecia um lugar fantástico, onde todos os problemas se resolviam no final. Eu decorava cada canção, e me sentia uma garotinha forte. Em meio aos meus pensamentos mais angelicais e medos mais bobos, eu via tudo a minha volta com olhos coloridos, olhos cheios de amor, compaixão, e esperança.

Volto a afirmar, não sou contra a tecnologia, mas conheci e tive as duas fases. Uma real, e a outra, em partes, virtual. Tenho a certeza que minha infância não teria sido tão grandiosa se tivesse ganho meu computador com meus quatro anos, ou então, um celular. Ou ainda, tido como base alguns desenhos e filmes dessa geração 2000. Gostaria que houvesse um jeito de mostrar as crianças de agora esse lado gostoso e simples que a vida pode ter. Eu tive sorte, e desejo isso à todas, por mais mudado que os tempos estejam.


Nenhum comentário: