segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Algum dia, 2010.

Quando, por fim, o pai dela estacionou o carro em frente ao Pub, eu respirei aliviada. Não sabia exatamente que horas eram, então, procurei meu celular pra certificar que tínhamos chegado a tempo. Mas, droga.

Onde ele estava?

- Joyce, to com um probleminha aqui – falei em voz baixa.
- O que houve?
- Meu celular sumiu, amiga.
- Espera, vou ver se caiu entre os bancos – ela tentou encontrar uma solução.
Procuramos, olhamos em cada parte, e nada.
- O que houve, meninas? – ouvi a voz do pai dela, demonstrando preocupação, já que não tínhamos saído do carro ainda.
- Não estamos conseguindo achar meu celular – respondi, constrangida com a situação.
- Vou abrir o porta-malas e vocês vêem se caiu ali, ok?
Assentimos com a cabeça e descemos pra procurar. Parecia que estávamos buscando uma agulha em um palheiro. Ali tinha de tudo, menos o meu aparelho eletrônico. E com essa “perda” de tempo procurando, já tinha se passado preciosos minutos.

Resolvi, então, olhar mais uma vez em minha bolsa, por segurança. Disfarçadamente comecei a tatear tudo que tinha em seu interior. E ali, em um dos bolsos menores, rodeado por mais alguns objetos, o senti. Me amaldiçoei mentalmente, e virei para Joyce com um sorriso amarelo.

- Encontrei, amiga! – exclamei não tão empolgada.
- Onde estava?
- Tava por aí – tentei encontrar uma boa desculpa, mas nunca fui boa com mentiras.
- Ok. Pai, nós já encontramos. Estamos indo.
Escutei o pai de Joyce lhe dar mais alguns conselhos – aquele típico sermão que os país adoram fazer antes que você saia – e sua madrasta comentar o quão bonita ela estava.

(...)

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