Havia se passado muitos meses desde a última vez em que Ryan viu o rosto daquela que, um dia, ele chamou de "sua". A garota confusa, um pouco atrapalhada, mas que conseguiu fazer as batidas de seu coração pulsarem mais fortes naquele inicio de verão. Ele ainda podia se lembrar do aroma que a pele dela possuía todas as vezes que respirava fundo em seu delicado pescoço. "Você tem um cheiro tão gostoso...", dizia. E esses comentários sempre a faziam sorrir. Depois, ela beijava cada parte de seu rosto, e era vez de Ryan abrir os lábios, formando um doce sorriso.
Talvez um dia eu entenda porque Ryan escolheu seguir assim, sem ela. Eu sei o quanto Julie o amava, sei o quanto doeu para ela deixa-lo ir. Frágil Julie... Chorou tantas noites abraçada a remotas esperanças de tê-lo ao seu lado novamente. Julie o amou tanto que nunca questionou seus motivos, mas ela sabia que nada do que fora dito era realmente verdade. E doeu saber disso. Doeu ver que não fazia diferença, que nunca havia feito. Eu teria colocado ela em meus braços se tivessem me dado a chance. Eu teria cuidado dela, mas não foi preciso. De repente, ela própria percebeu que deveria buscar outros caminhos, outras pessoas. E eu deixei ela seguir.
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