segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Resenha - Quatro vidas de um cachorro, W. Bruce Cameron

      Olá, pessoal. Aqui estou eu para me aventurar nessa primeira resenha que faço no blog, afinal, além de adorar escrever sobre minhas ideias e sentimentos da vida, também gosto muito de expressar minhas opiniões a respeito de alguns livros e textos que leio por aí, durante meu pouquíssimo tempo livre.

      Como não tinha escrito nada do tipo anteriormente, resolvi começar por um livro que ganhou meu coração antes mesmo de tê-lo em mãos. Não foi preciso nem sequer ler um resumo para saber que essa história me arrancaria lágrimas sinceras. Isso porque, quem acompanha meus escritos talvez saiba, eu perdi há menos de seis meses o grande amor da minha vida. Óliver era um ruivinho simpático, que tinha corpo de gato, mas posso jurar que a alma já era de gente. Ele viveu maravilhosos 14 anos com nossa família, até que um dia foi convidado a morar no céu - só por um tempinho, creio eu.

      Foi assistindo ao trailer de quatro vidas de um cachorro, muito antes de sua estréia no cinema, que percebi o quanto essa história amenizava minha dor naquele momento. Se você, assim como eu, já perdeu um animalzinho que era parte da sua existência, vai entender e se emocionar com esse livro/filme, e mais do que isso, é possível preencher com uma gotinha de esperança o vazio que fica quando nossos companheiros partem para o desconhecido.

      E agora, depois do meu (quase) desabafo, vamos ao que interessa:

      O livro, publicado em 2012, é narrado pelo cachorro Bailey, um golden retriever que depois de viver uma curta vida como vira-lata, encontra Ethan, um garotinho pelo qual cria instantaneamente um laço afetivo. Juntos, eles passam anos dividindo uma amizade sincera, cercada de brincadeiras e carinhos. Bailey, até aquele momento, acredita que sua missão na Terra é proteger Ethan e fazê-lo o garoto mais feliz que puder. Mas com o passar dos anos, seguindo a lei natural da vida, o cachorro acaba adoecendo e sua trajetória chega ao fim.

      É quando, sem mais nem menos, desperta novamente. Só que dessa vez seu corpo não é mais de um Golden, e sim de uma pastor alemão chamada Ellie. Nessa nova vida, ele atua como uma cadela policial, e junto de seu novo dono, descobre como utilizar os ensinamentos que teve em sua vida como Bailey para poder salvar e ajudar pessoas. 
      Mesmo sendo feliz  como Ellie, constantemente ele se lembra do passado e sente a falta de Ethan, acreditando que perdeu para sempre a chance de reencontrá-lo, pois agora tem uma nova missão. Mas os anos passam e Ellie também envelhece, chegando ao final de sua vida.

      Dessa vez, Bailey tem certeza de que seu propósito já foi alcançado, tendo aprendido a amar e a salvar seu garoto Ethan, e posteriormente, ajudado na busca e resgate de tantas outras pessoas. Porém, o destino não parece concordar com seus pensamentos, e ele desperta novamente como filhotinho em uma ninhada de labradores. Dessa vez, sentindo-se exausto por ter voltado, não consegue ver graça em viver  de novo, ainda mais longe de Ethan. Mas com o desenrolar da história, Bailey descobre que ainda não concluiu sua missão, e que os ensinamentos de suas três vidas anteriores, na verdade, levam-no a encontrar a resposta para seu propósito na Terra.

(...)

      Como eu disse no começo da postagem, a história mexeu profundamente com meus sentimentos porque, de fato, minha ligação com o gatinho da nossa família (que eu sempre chamei de filho) era de extrema complexidade. Ao terminar essa leitura, assumo que respirei um pouco mais tranquila ao me agarrar aquela mísera porcentagem de chance de que algo assim possa realmente acontecer. Acredito que isso vai além da nossa capacidade humana e pouco desenvolvida de compreensão, mas que é totalmente possível.
      Espero que tenham gostando (e principalmente se interessado pela história), que além de manter uma linha reflexiva, possuí tom de humor o tempo todo, arrancando mais risadas do que lágrimas,  eu juro ju-ra-di-nho. Quem tiver interesse, achei ele por um preço baratinho na americanas.

      E é isso. Um beijinho pro meu ruivinho Óliver, aliás, esteja lá onde estiver. Que esteja sendo tão amado quanto foi aqui s2

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